segunda-feira, 14 de julho de 2008

CUSPARADA

Minha poesia é uma cusparada espessa,
Só isso.
Seu maior defeito?
Quase sempre lhe falta impulso pra atingir o alvo,
E então ela escandaliza os demais
com suas gotígulas virais,
umidecendo-lhes, violentamente as faces,
agora tomadas pelo rubor.
Asco e desprezo é tudo quanto desperta,
Ao menos nesses mais desavisados,
que impõem-se em seu caminho
e não a suportam.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, Ana Raquel!

Não sei se efetivamente lhe respondi à msg do orkut. Por isso faço-o agora.

Vi algumas postagens. Parabéns por sustentar uma proposta tão definida e incisiva. Cusparada é um texto forte e agressivo, o que me lembra autores como Roberto Piva. Conhece-o?


Eu estou farto de muita coisa

não me transformarei em subúrbio

não serei uma válvula sonora

não serei paz

eu quero a destruição de tudo que é frágil


– Poema Porrada / Roberto Piva

Aproveito - não poderia deixar de fazê-lo, para convidar-lhe a participar do Projeto Valise 2008.

Visite a página http://aqueiva.wordpress.com/

Desejo muito contar com sua colaboração.

Dúvidas? Retorne para marcoaqueiva@uol.com.br

Boa sorte, que os ventos contrários serão muitos, se permanecer na mesma levada!