segunda-feira, 4 de julho de 2011

(S) EM RECESSO!

Estão tentando resolver um problema ou apenas criando mais um? E problema de quem é esse afinal? Porque faz-se óbvio que a questão da Educação em nosso país não se resume ao aumento ou diminuição dos dias letivos, mas está sim, diretamente ligado à produtividade deles.
Há tempos atrás, nós, alunos na época, podíamos desfrutar de um mês completo de recesso, e pasmem, aprendíamos muito mais.
Numa escola onde atualmente impera o desinteresse absoluto, aliado às ações assistencialistas do governo, esperar que o mero acréscimo de duas semanas ao já enfadonho calendário escolar resolva toda a problemática do ensino em nosso país soa quase tão ingênuo quanto acreditar em papai Noel.
Essas duas semanas, propostas pelo governo, podem constituir sim uma mudança positiva para alguns “pais”, que vêem a escola como um depósito de crianças. É fato que o aluno que não deseja aprender não vai passar a fazê-lo por conta do acréscimo de duas semanas. Aliás, esse maldito acréscimo só pode mesmo contribuir para aumentar o cansaço, o esgotamento, tanto por parte dos professores, quanto dos alunos.
Estão tentando mais uma vez mascarar a realidade, ludibriando o povo, que por sinal, se deixa ludibriar e aceita que seus mestres sejam tratados feito cachorros, pior que funcionários de empresa, e empresa falida. Estão transformando nossa Educação numa empresa, empresa falida, que vive de forjar resultados e explorar de forma desumana seus funcionários. Não passamos, todos nós, educadores e educandos, de meros números, que sempre devem favorecer aos interesses governamentais, mesmo que para isso, tenham de ser manipulados e mentirosos.
Já nos privaram de tantas coisas, inclusive da dignidade da profissão, e ainda querem nos privar de duas míseras semanas de merecido descanso, e ainda por cima sob a desculpa de com isso melhorar a qualidade do ensino.
Sinceramente, não sei se rio ou choro diante desse quadro deplorável. A que nos reduziram? Em que têm transformado a Educação?
As escolas são meros depósitos de alunos? Qual a função atual dessa entidade? Assistencialismo puro?
Confesso que esses questionamentos continuam me inquietando. Sou parte de sistema ( e como diria Cap. Nascimento: “O sistema é foda!”), parte de um processo ridículo de alienação e emburrecimento. Isso me envergonha.
A Educação carece mesmo de um recesso, e daqueles do tipo: “Fechados para balanço , por prazo indeterminado!”

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