segunda-feira, 17 de setembro de 2012

REAL

Desconheço os filtros da realidade e me permito atribuir distintos significados a tudo, a tudo quanto vejo, sinto, cheiro, esbarro, e até imagino. Eu possuo um léxico próprio, e ele violenta o original e a mente daqueles que não compartilham dessa minha esquizofrenia linguística. Eu duvido do real, prezo pelo imaginável, suponho e assumo como verdadeiro o signo que eu mesma inventei. Eu vejo coisas monstruosamente belas, esplendorosamente feias, finjo ver, me engano, desengano as almas secas, irrigo o solo da vaidade com meu sangue espesso. Esqueço das horas que perdi em poemas, que nunca ninguém lerá desejo olhos e corações famintos... Encontro sequidão. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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