quinta-feira, 13 de novembro de 2008

REFLEXÕES SUBVERSIVAS


“Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus”.

(Romanos 12:2)


Escandalizo a muitos, quando me auto-intitulo assim SUBVERSIVA, mas o faço de forma consciente e absolutamente segura quanto ao significado deste vocábulo.

E por isso, apenas por isso, afirmo categoricamente ser o cristão autêntico, um subversivo, uma vez que ele não compactua com os valores e práticas correntes, mas antes, trava contra os mesmos, verdadeira luta. Ao menos deveria ser assim. Mirando-se no exemplo do próprio Cristo, filho do Deus Altíssimo, e por que não acrescentar-lhe esse título “maior subversivo da História”, deveríamos, os que ainda ostentamos o nome de cristãos, imitá-lo, de forma a não nos confundirmos com os deste mundo.

Paulo é enfático, ao utilizar-se do modo imperativo, quando se dirigindo aos romanos, no trecho transcrito acima, e sua ordem/recomendação resume em si mesma a postura que deve assumir todo cristão genuíno. Postura de subversão, pasmem!

“Não vos conformeis com este século...”

Em outras mais símplices palavras: Não se porte de acordo com este mundo, não ande em conformidade com suas mazelas e práticas inescrupulosas, injustas, desonestas, absurdas... Aja de forma diferente. Subverta os valores, já que eles foram invalidados e/ou invertidos.

Não, não se contente com isso que, os outros chamam de vida.

Não compactue, não participe, seja diferente... subversivo!!!

Isso, contudo, não significa, sob hipótese alguma, alienar-se. Estamos inseridos neste mundo, ainda que a ele não pertençamos, e, portanto, o Ser cristão implica relacionar-se com ele, inclusive envolvendo-se e desenvolvendo-se enquanto cidadão e sujeito-histórico. Implica, ao contrário do que levianamente sugerem alguns, pensar. “Crer é também pensar”, já disse Stott.

Logo, não havemos de construir muralhas de ódio e arrogância ao nosso redor, sob a escusa de nos resguardarmos do mundo. Antes, tal como o fez o próprio Cristo, destruí-las, aproximando-nos daqueles que o desconhecem, a fim de que possamos influenciá-los através de nosso exemplo. E assim, vivenciar do que venha a ser “Luz e sal”, metáforas tão preciosas quanto válidas em nossos dias.

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