A pressa da vida
atropela minha poesia
E é por isso que eu destoo dos relógios,
é por isso que os odeio.
Se eu digo: É hora de dedicar-me a um amigo.
Eles dizem: Não, há tanto para fazer ainda...
Se eu digo: É hora de exercitar a delícia do ócio!
Eles me acusam: Preguiçosa!
Se eu digo: É hora de partir.
Eles dizem: Fica.
Se eu digo: É hora de amar.
Eles dizem: Já é tarde.
E ainda supõem me enganar assim...
Ah, coitados! Esses servos das convenções...
Meu tempo, eu crio, uso, divido como e com quem me apetece.
Eu não uso algemas!
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