quinta-feira, 27 de março de 2008

sUrrEal


Os peixes todos nadando na grama, ao sol quente do inverno
Estátuas falantes,
Por sobre as quais os peixes saltam.

O cinza-cimento delas contrastando com o vermelho do céu,
Risos de crianças ao longe,
Crianças por perto.

Crianças velhas, de mãos enrugadas
E pele tão fina e transparente,
Que as veias se deixam mostrar.

Elas andam por sobre os peixes e a grama,
Tão cautelosamente,
Que sua superfície quase nem lhes nota o mudar de passo.

Ipês de flores azuis,
Vez por outra imergem do lago,
Mas logo voltam às profundidades.

Eles habitam a escuridão absoluta,
E têm por companhia,
Anjos que guardam o lago.

No lugar das asas,
Enormes nadadeiras,
De um violeta estonteante.

2 comentários:

Nestor Lampros disse...

A poesia não se explica.
Converte -se
EM PERPLEXO,QUANDO A DOENÇA SE TORNOU
O DOENTE,
E A AGUIA
UM MAR DE
AMEAÇAS...é
o que seria... - a Poesia!

Ana, parabéns!!

Nestor Lampros disse...

Ana, estou com aquele projeto do fanzine, o De Soslaio, aqui em Atibaia. Poderia mandar - me uma poesia sua para colocá - la no meu fanzine?

Se sim, mande - a para o e-mail: nestorisejima@gmail.com